A importância da escolha do desinfetante hospitalar na prevenção de IRAS

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Entre as principais causas de IRAS estão a falta de higienização das mãos, uso indiscriminado de antibióticos, quebra de protocolos assistenciais e contaminações ambientais.

No Brasil, a OMS estima que entre 16 a 37 pessoas contraem infecções a cada 1.000 pacientes atendidos. Estimativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), apontam que a taxa média de infecção hospitalar é de 9%, com uma letalidade de 14,35%.

Durante procedimentos cirúrgicos, é praticamente impossível evitar completamente a contaminação. No entanto, é viável prevenir por meio de procedimentos profiláticos adequados.

Isso implica que a limpeza minuciosa é crucial, mas não é suficiente.

É essencial que entidades de saúde contem com fornecedores capacitados e especializados nos protocolos de limpeza e higiene da ANVISA, garantindo a procedência dos químicos utilizados e orientando o time operacional quanto ao uso dos produtos e processos de aplicação.

Neste link você pode encontrar mais conteúdos sobre Higiene e Limpeza Hospitalares.

Hoje, vamos falar sobre a importância da escolhe efetiva do desinfetante hospitalar na prevenção de IRAS.

O que é essencial compreender sobre o processo de sua aplicação?

Embora o processo de limpeza remova a sujeira, não é capaz de eliminar ou desativar patógenos. Para esse propósito, é necessário um desinfetante que, por definição, elimine 99,999% dos patógenos.

Substâncias químicas, como Alquilamina, PHMB e ácido peracético, são amplamente utilizadas para essa finalidade, pois destroem a estrutura dos germes, matando-os ou inativando-os.

Campos de atuação dos desinfetantes hospitalares

Dada a vasta diversidade de patógenos, os desinfetantes precisam direcionar seus campos de ação de forma específica para garantir eficácia confiável.

Os bactericidas visam eliminar bactérias, os tuberculocidas têm como alvo os patógenos da tuberculose, enquanto os fungicidas são projetados para erradicar fungos. Já os vírus, por não serem considerados organismos vivos, são inativados, não mortos, pelos desinfetantes virucidas.

Um desinfetante de qualidade abrange todos esses campos de atuação. É fundamental compreender as nuances desses patógenos para garantir a eficácia do processo de desinfecção.

BACTÉRIAS

As bactérias representam os menores micro-organismos unicelulares, reproduzindo-se por meio da divisão. Apresentam diferentes formas, como esféricas ou em bastonete, e diversas propriedades, como a necessidade ou não de oxigênio para sobreviver. Uma pequena parcela delas é patogênica para os seres humanos, causando doenças, como o Mycobacterium tuberculosis, responsável pela tuberculose.

FUNGOS

Assim como as bactérias, os fungos podem ser inofensivos ou, em alguns casos, medicamente relevantes, desencadeando micoses, doenças infecciosas. Dentre esses micro-organismos, destacam-se dermatófitos, causadores de doenças de pele, fungos e candida. A Candida albicans, por exemplo, afeta a pele e as mucosas, podendo levar à septicemia.

VÍRUS

Na medicina, os vírus são considerados partículas infecciosas, diferindo de bactérias e fungos por não serem geralmente considerados organismos vivos. Isso se deve, em parte, à falta de metabolismo próprio, dependendo da multiplicação nas células hospedeiras. Com tamanhos que variam entre 10 e 1.000 nanômetros, os vírus são classificados como envelopados e não envelopados, incluindo exemplos familiares como vírus da gripe, coronavírus, hepatite, HIV e norovírus.

Como ocorre a inativação de micro-organismos durante o processo de desinfecção de superfícies?

Os desinfetantes, especialmente desenvolvidos para uso na Assistência à Saúde, nas áreas médica e odontológica, desencadeiam seu efeito microbicida por meio de reações químicas ou físico-químicas com componentes presentes na célula microbiana.

É imperativo que a eficácia desses desinfetantes seja comprovada conforme normas específicas, uma vez que eles interferem na integridade da membrana microbiana ou reagem seletivamente com proteínas ou material genético no interior da célula. Assim que o princípio ativo, na concentração apropriada, entra em contato com o micro-organismo, a morte microbiana torna-se irreversível.

Produtos que combinam ação desinfetante e de limpeza em uma única aplicação iniciam o processo de eliminação de micro-organismos desde o momento da aplicação devido aos seus princípios ativos específicos. O tempo necessário para a inativação microbiana varia de acordo com as características individuais dos micro-organismos. Alguns são eliminados rapidamente ao entrar em contato com a concentração adequada do princípio ativo, enquanto outros podem requerer um período um pouco mais longo, mas, uma vez em contato com a concentração inicial do produto durante a aplicação, são igualmente eliminados.

O que é necessário em um desinfetante hospitalar?

O requisito fundamental para atingir a desinfecção de superfícies e a eliminação de micro-organismos é garantir que a superfície a ser limpa esteja completamente umedecida com o desinfetante.

Embora a capacidade de matar e desativar patógenos de forma confiável seja uma exigência básica para um desinfetante, existem outras propriedades que determinam sua eficácia. Destacamos algumas das mais importantes abaixo.

CONTRA PATÓGENOS

Campo de ação abrangente: bactericida, fungicida, tuberculocida e virucida
Tempo de ação rápido
Alto poder de desinfecção e limpeza
Efeito comprovado e confiável
Após a confirmação da atividade antimicrobiana do desinfetante por meio de testes laboratoriais confiáveis, espera-se que, após um contato inicial intenso com a solução desinfetante, ocorra o efeito de morte microbiana em superfícies potencialmente contaminadas.

A absorção do ingrediente ativo do desinfetante pela célula microbiana é a primeira etapa do processo de morte microbiana durante a desinfecção. Isso ocorre no momento em que a substância ativa do produto entra em contato com o micro-organismo na superfície onde é aplicado.

Estudos específicos realizados com desinfetantes demonstram que, uma vez iniciado o processo de aplicação do produto e observada a concentração correta, o efeito microbicida se inicia já durante a aplicação. Mesmo após a secagem visível da superfície, o desinfetante continua provocando a morte dos micro-organismos.

Esses testes e controles de qualidade evidenciam que as superfícies não precisam ser mantidas constantemente molhadas. Uma vez absorvido pela célula, o desinfetante continua a promover a destruição microbiana, especialmente em casos nos quais os princípios ativos não evaporam rapidamente, permanecendo em contato com superfícies e micro-organismos por um período prolongado.

Processos e produtos utilizados na higiene hospitalar

A seleção dos saneantes está diretamente relacionada aos equipamentos e métodos de limpeza padronizados, bem como às características das superfícies a serem limpas e/ou desinfetadas. Saneantes são substâncias ou preparações destinadas à aplicação em objetos, tecidos, superfícies inanimadas e ambientes, com finalidade de limpeza e afins, desinfecção, desinfestação, sanitização, desodorização e odorização, além de desinfecção de água para o consumo humano, hortifrutícolas e piscinas (ANVISA, 2010). Dentre os principais produtos utilizados na higienização de hospitais, classificados como saneantes, temos os detergentes e os desinfetantes.

Cabe destacar que a padronização desses produtos deverá ser realizada em parceria com o SCIH, respeitando a legislação vigente. Após a seleção dos produtos é necessário verificar se o produto está de acordo com a legislação no que se refere à existência de registro ou notificação. Produtos que apresentem pH na forma pura menor ou igual a 2 ou maior ou igual a 11,5, que sejam corrosivos, tenham atividade antimicrobiana, ação desinfetante, sejam à base de microrganismos viáveis ou contenham ácidos inorgânicos na sua fórmula (fluorídrico (HF), nítrico (HNO3), sulfúrico (H2SO4)) ou sais que os liberem durante o uso necessitam de registro, enquanto os demais produtos necessitam apenas de notificação junto à Anvisa. Assim, os documentos a serem exigidos para a padronização de saneantes são registro ou notificação junto à ANVISA, Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) e para produtos com atividade antimicrobiana, laudos dos testes de eficácia e laudo técnico (ANVISA, 2010).

A legislação que regulamenta os saneantes no Brasil inclui a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC da Anvisa nº 59, de 17 de dezembro de 2010, RDC 40, de 05 de junho de 2008, e a RDC nº 14, de 28 de fevereiro de 2007. Desinfetantes de alto nível e de nível intermediário, assim como esterilizantes, são regulamentados conforme disposição da RDC 35, de 16 de agosto de 2010.

O saneante ideal é aquele que apresenta menor risco de danos às superfícies e equipamentos, menor toxicidade e que seja de fácil utilização. No que tange os desinfetantes, além destes fatores deve-se considerar a manutenção da atividade antimicrobiana frente à matéria orgânica, bem como sua compatibilidade com água, detergentes e outros saneantes.

Durante o processo de aquisição de saneantes hospitalares, é importante que seja solicitado aos fornecedores ou fabricantes, documentos como, o registro do produto junto à Anvisa, a ficha técnica ou catálogo e a Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos (FISPQ). Tais documentos deverão passar pela análise dos profissionais envolvidos na padronização produtos, gestores e usuários.

Técnicas de limpeza incorretas ou inadequadas podem disseminar microrganismos ao invés de removê-los da superfície. A limpeza envolve a inspeção, o planejamento, a limpeza, propriamente dita, a secagem e a avaliação, devendo considerar as seguintes orientações:

  • O fluxo de limpeza das áreas mais limpas para sujas e das mais altas as mais baixas.
  • Movimentos únicos, do fundo para frente e de dentro para fora do ambiente.
  • Sinalização de corredores e áreas de circulação durante o processo de limpeza, dividindo a área em local de livre trânsito e de impedimento.
  • O carro funcional deve estar completo, conforme padronização estabelecida.
  • Luvas, panos e baldes devem ter cores diferenciadas e padronizadas para cada tipo e local de procedimento.
  • Técnicas de varredura não devem dispersar poeira, para tanto, recomenda-se a utilização de mop ou pano úmido.
  • Ao usar panos e sistema de balde, os panos limpos não devem ser misturados com os sujos ou em uso e deve-se utilizar toda a superfície do tecido. Um balde deve conter o saneante e o outro a água para enxague. As soluções devem ser descartadas após a limpeza de cada ambiente.

Porque o Peroxy 4D é indicado como desinfetante hospitalar?

Desinfetantes convencionais atendem superfícies fixas. Já os desinfetantes hospitalares, em sua maioria, atendem a limpeza de artigos não críticos e superfícies fixas. Já o Peroxy 4D da Spartan, atende aos artigos semicríticos, artigos não críticos e superfícies fixas. Apenas 1 produto é capaz de desinfetar diversas superfícies e ambientes.

A formulação deste desinfetante hospitalar contém 2 ativos principais: o Quaternário de Amônio e o Peróxido de Hidrogênio.

O quaternário de amônia tem uma atividade desinfetante hospitalar potente, que age por destruição das proteínas dos microrganismos, ou seja, tem a capacidade de agir e dizimar a membrana plasmática ou parede celular bacteriana.

Já falamos anteriormente neste artigo sobre a ação do Peróxido de Hidrogênio em processos de limpeza e desinfecção, inclusive em ambientes hospitalares.

De forma geral, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o peróxido de hidrogênio possui eficácia germicida e usos potenciais em ambientes de assistência a saúde, ou seja, asseguram sua atividade germicida, além disso, comprovam suas propriedades bactericidas, virucidas, esporicidas e fungicidas.

O Peroxy 4D limpa, desinfeta, alveja e elimina maus odores no ambiente hospitalar

Indicado para superfícies fixas, como monitores, janelas e macas. Artigos não críticos como termômetros, estetoscópio e esfigmomanômetro, além de materiais de inaloterapia.

Possui ainda ação residual bacteriostática por até 72h e 18 laudos de eficácia: bactericida, fungicida, tuverculicida, virucida e espocirida, com destaque na eliminação da SARS-COV- 2 e da Candida auris, fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde global.

Contar com um fornecedor com capacidade operacional e conhecimento é o diferencial das suas operações de limpeza e higiene

Investir em treinamento profissional de limpeza e higiene não apenas aprimora as habilidades individuais dos colaboradores, mas também eleva a qualidade dos serviços prestados, promove a segurança, acompanha as tendências tecnológicas e contribui para um ambiente de trabalho mais satisfatório e produtivo.

Ao procurar por um fornecedor de produtos de limpeza profissional é interessante não ter em mente apenas o produto em si.

Um bom fornecedor vai te oferecer além de produtos de limpeza eficientes e seguros, um treinamento completo de como utilizá-los no dia a dia de suas operações.

Contamos com uma parceria de confiança e longa data com a Santher Professional, líder em dispensers sanitários, e dispomos de uma linha própria de papéis, a Distribuir Profissional que garante o seu abastecimento sem falhas ao longo do ano.

A Consultoria Técnica da Distribuir Higiene conta uma análise personalizada das necessidades de cada ambiente e segmento, além da indicação e fornecimento dos melhores produtos e equipamentos do mercado, que respeitam as normas ABNT e ANVISA. São mais de 1.500 itens.

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