POP x IT na limpeza profissional: diferenças, aplicações e impacto na qualidade dos serviços

POP x IT na limpeza profissional

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Você sabe realmente a diferença entre POP e IT? E por que essa distinção pode ser o divisor de águas entre uma limpeza eficiente e uma cheia de riscos?

Se você atua no setor de limpeza profissional — seja em hospitais, indústrias, clínicas, escolas ou grandes empresas — provavelmente já se deparou com os termos POP (Procedimento Operacional Padrão) e IT (Instrução de Trabalho).

Mas a verdade é que muita gente usa esses dois conceitos como se fossem sinônimos. E isso é um erro técnico grave.

Enquanto o POP define o “o quê” deve ser feito, a IT explica o “como”. Juntas, essas ferramentas garantem padronização, segurança e eficiência. Separadas ou mal aplicadas, abrem espaço para falhas operacionais, contaminações cruzadas, desperdício e até riscos legais.

Neste artigo, vamos destrinchar:

  • O que é POP e o que é IT;
  • As principais diferenças entre eles;
  • Quando usar cada um;
  • Exemplos práticos aplicados à limpeza profissional;
  • E como a ausência dessas ferramentas pode custar caro para sua operação.

O que é POP (Procedimento Operacional Padrão)?

O POP é um documento que estabelece, de forma objetiva e padronizada, o que deve ser feito em determinada atividade.

Ele é o norte da operação. Um guia para garantir que o processo seja sempre executado da mesma maneira, independentemente de quem esteja realizando a tarefa.

Na limpeza profissional, os POPs são indispensáveis para:

  • Evitar variações na execução do serviço;
  • Padronizar protocolos de segurança e higiene;
  • Cumprir exigências legais e normativas (ANVISA, RDCs, ISO, etc.);
  • Facilitar auditorias internas e externas;
  • Reduzir falhas humanas e riscos de contaminação.

Um exemplo de POP na limpeza:

POP – Higienização de Ambientes Hospitalares
Objetivo: padronizar a limpeza e desinfecção das áreas hospitalares.
Frequência: 3 vezes ao dia ou sempre que houver sujidade visível.
Responsável: auxiliar de limpeza treinado.
Produtos: detergente neutro + desinfetante hospitalar (hipoclorito 0,5%).
Equipamentos: balde duplo, mop úmido, EPI (luvas, avental, máscara).
Áreas envolvidas: enfermarias, corredores, consultórios.
Resultados esperados: ambiente visualmente limpo, desinfetado, sem odor.

O que é IT (Instrução de Trabalho)?

A Instrução de Trabalho (IT) é um documento mais detalhado, que explica passo a passo COMO executar uma tarefa prevista em um POP.

Se o POP é o “roteiro do filme”, a IT é o “storyboard” com cada cena descrita.

Ela descreve ações específicas, como:

  • Sequência lógica de movimentos;
  • Quantidade exata de produto a ser diluído;
  • Tempo de contato do desinfetante;
  • Cuidados com os EPIs;
  • Procedimentos em caso de erro.

Enquanto o POP pode ser lido por gestores e supervisores, a IT é pensada para o operador da linha de frente — o profissional da limpeza, técnico ou auxiliar.

Um exemplo de IT derivada do POP acima:

IT – Procedimento de desinfecção de enfermaria com mop úmido

Coloque os EPIs: luvas nitrílicas, avental e máscara.

Prepare a solução: dilua 1L de desinfetante para 9L de água.

Use o balde duplo: um com solução, outro com água limpa.

Mergulhe o mop na solução, torça, passe no chão em movimentos em “S”.

Troque a solução a cada 3 quartos higienizados.

Ao final, retire os EPIs, descarte corretamente e lave as mãos.

Registre a execução no checklist da enfermaria.

POP x IT na limpeza profissional

O que acontece quando não há POP nem IT?

A ausência desses documentos é um convite ao caos operacional.

Sem POPs:

  • Cada colaborador pode executar do jeito que aprendeu “no outro emprego”;
  • Não há base para avaliar se o procedimento foi feito corretamente;
  • A empresa perde tempo com retrabalho e corre riscos legais.

Sem ITs:

  • A execução vira uma roleta russa de erros;
  • Produtos são mal diluídos (ou usados em excesso);
  • EPIs são ignorados ou usados incorretamente;
  • O tempo de ação dos desinfetantes é desrespeitado;
  • Equipamentos são mal conservados.

Resultado: contaminações, afastamentos, desperdício e falhas graves que poderiam ser evitadas com um papel impresso na parede.

Como implementar POPs e ITs na limpeza profissional?

1. Mapeie os processos-chave

Liste todas as atividades rotineiras da equipe de limpeza:
ex: higienização de banheiros, desinfecção de superfícies, descarte de resíduos, etc.

2. Crie o POP de cada processo

Inclua: objetivo, materiais necessários, frequência, responsáveis, e resultados esperados.

3. Derive ITs específicas a partir dos POPs

Para cada etapa crítica do POP, crie uma IT simples, prática e com linguagem acessível.

4. Teste e valide com a equipe operacional

Nada de criar documentos em ar-condicionado sem envolver quem está no campo. O melhor POP é aquele que funciona no dia a dia.

5. Treine e atualize constantemente

POP e IT não são arquivos de gaveta. São ferramentas vivas que devem ser revisadas e ensinadas sempre que há mudança de produto, ambiente ou equipe.

6. Documente e registre

Mantenha versões atualizadas com controle de revisão, data de validade e responsável técnico.

Exemplo prático completo

Imagine um hospital que adota o POP de limpeza de banheiros. Dentro dele, há ITs separadas para:

  • Limpeza do vaso sanitário;
  • Desinfecção de pias e torneiras;
  • Reposição de insumos (papel, sabonete, álcool);
  • Coleta de lixeira contaminada.

Cada IT é uma micro-ação que se soma à execução perfeita do processo maior.
Esse nível de detalhe garante segurança, rastreabilidade e confiança — especialmente em ambientes críticos.

Vantagens diretas do uso de POP e IT na limpeza profissional

  • Redução de erros operacionais
  • Menor desperdício de produtos químicos
  • Mais segurança para a equipe
  • Facilidade na integração de novos colaboradores
  • Aumento da qualidade percebida pelos clientes
  • Atendimento às normas de órgãos reguladores (ex: ANVISA, ISO, ABNT)
  • Base sólida para treinamentos, auditorias e certificações

POP e IT são exigências legais?

Em muitos setores, sim.

Hospitais, clínicas e laboratórios seguem RDCs da ANVISA que exigem a documentação dos procedimentos de limpeza.

Indústrias alimentícias seguem as normas da Vigilância Sanitária, MAPA e ISO 22000.

Empresas com certificações ISO 9001 precisam apresentar processos padronizados com POPs e ITs registrados.

Ou seja: além de ser uma boa prática, pode ser uma exigência legal e contratual.

Conclusão: um processo limpo começa no papel

POPs e ITs não são “burocracia”. São ferramentas de inteligência operacional.
São o elo entre o plano e a prática. Entre o que sua empresa promete… e o que de fato entrega.

Você pode continuar confiando na memória, no improviso e no “jeito que sempre foi feito”.
Ou pode criar um sistema confiável, treinável, auditável e seguro — com limpeza de verdade, com excelência.

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